O uso constante para tratamentos começa a ser questionado
Na contramão do envelhecimento, os ácidos para uso tópico em casa sempre foram indicados no tratamento do envelhecimento cutâneo. E não é de hoje. Os ácidos são usados desde a antiguidade, quando Cleópatra banhava-se com leite coalhado (rico em ácido lático). Desde então, a alta tecnologia colaborou para que novidades surgissem e esses ativos fossem o amigo número 1 de quem quer rejuvenescer, pois os ácidos ajudam na renovação celular, na redução do dano solar, no clareamento e na fabricação de novo colágeno. Sabe-se, inclusive, que peles com pH mais alcalino tendem a envelhecer mais precocemente.
Depois de muitos anos de uso, o ácido é objeto de estudo mais aprofundado. O British Journal of Dermatology acaba de publicar um artigo no qual comprova que o abuso dos ácidos pode provocar o envelhecimento da pele. Isso mesmo. O que antes tratava o fotoenvelhecimento pode, hoje, ser o causador de mais sinais de envelhecimento.
Dr. Jardis Volpe, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Clínica Volpe (SP) defende, no entanto, que o que pode causar efeito negativo é o excesso. "O estudo comparou o uso de ácidos em três concentrações diferentes, e para nossa surpresa, nos revelou que doses maiores, além de irritar a pele, atrapalham na fabricação de colágeno", comenta. Isso pode mudar a prescrição dos dermatologistas mais antenados com novos estudos. Segundo os pesquisadores, o grande vilão do excesso do ácido é a inflamação gerada, que atrapalha no processo de rejuvenescimento.
Quantidade ideal
Para Volpe não existem doses padrão a serem usadas, e o sinal clínico de excesso é a descamação. "As pessoas têm uma fantasia de que o ácido funciona apenas se deixar a pele descamando. Na verdade, esse estudo prova justamente o contrário, para seu efeito rejuvenescedor, o ácido não deve provocar nenhuma descamação," afirma o médico.
Os ácidos têm diversas funções, dentre elas, esfoliar a pele, reduzir a oleosidade, diminuir os poros dilatados, clarear e rejuvenescer rugas e linhas de expressão. Eles podem ser classificados em três grandes grupos: os alfahidroxiácidos, provenientes de frutas, por exemplo, os betahidroxiácidos, e seu maior representante, o ácido salicílico e os retinóides, derivados da vitamina A, que tem função rejuvenescedora, como é o ácido retinóico.
Outro mito é que o uso de ácidos deve ficar restrito ao inverno. Na verdade, o que é correto é justamente o contrário, eles são mais difíceis de serem aplicados no inverno, quando a pele se torna mais seca e ocorre mais irritação. "Uma das maneiras de usarmos os ácidos no inverno é baixando ainda mais a concentração." afirma Dr. Volpe. Dependendo do ácido usado e a concentração, eles podem e devem ser usados no verão, sempre com a supervisão do dermatologista.
O ácido retinóico é mais estudado para rejuvenescimento, pois tem eficácia comprovada e consegue aumentar a produção do colágeno. “Porém, cabem aqui algumas observações, muitos produtos prontos com ácido retinóico são produtos para tratar as espinhas e não têm a finalidade de rejuvenescer”, alerta Dr. Jardis. No caso, a grande dificuldade é o veículo, que acaba ressecando a pele. Uma dica é associar o ácido com algum tipo de hidratante antes da sua aplicação, à base de soja, genisteína, ou usar um ácido com veiculo próprio para rejuvenescimento prescrito pelo dermatologista.
Outra dica é esperar de 30 a 40 minutos depois de ter lavado a pele para aplicar o produto. "Desta forma, o manto hidrolipídico se refaz e é menor o risco de irritação”, afirma o médico. Muita gente também pensa que acido retinóico causa alergia. “Em geral, ele é irritante, ou seja, se a pele estiver seca ou a quantidade aplicada for muito grande, o ácido pode avermelhar a pele e causar descamação. Nesse caso, a orientação do dermatologista é fundamental para ajudar na adaptação ao tipo de pele de cada um.”
Na contramão do envelhecimento, os ácidos para uso tópico em casa sempre foram indicados no tratamento do envelhecimento cutâneo. E não é de hoje. Os ácidos são usados desde a antiguidade, quando Cleópatra banhava-se com leite coalhado (rico em ácido lático). Desde então, a alta tecnologia colaborou para que novidades surgissem e esses ativos fossem o amigo número 1 de quem quer rejuvenescer, pois os ácidos ajudam na renovação celular, na redução do dano solar, no clareamento e na fabricação de novo colágeno. Sabe-se, inclusive, que peles com pH mais alcalino tendem a envelhecer mais precocemente.
Depois de muitos anos de uso, o ácido é objeto de estudo mais aprofundado. O British Journal of Dermatology acaba de publicar um artigo no qual comprova que o abuso dos ácidos pode provocar o envelhecimento da pele. Isso mesmo. O que antes tratava o fotoenvelhecimento pode, hoje, ser o causador de mais sinais de envelhecimento.
Dr. Jardis Volpe, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Clínica Volpe (SP) defende, no entanto, que o que pode causar efeito negativo é o excesso. "O estudo comparou o uso de ácidos em três concentrações diferentes, e para nossa surpresa, nos revelou que doses maiores, além de irritar a pele, atrapalham na fabricação de colágeno", comenta. Isso pode mudar a prescrição dos dermatologistas mais antenados com novos estudos. Segundo os pesquisadores, o grande vilão do excesso do ácido é a inflamação gerada, que atrapalha no processo de rejuvenescimento.
Quantidade ideal
Para Volpe não existem doses padrão a serem usadas, e o sinal clínico de excesso é a descamação. "As pessoas têm uma fantasia de que o ácido funciona apenas se deixar a pele descamando. Na verdade, esse estudo prova justamente o contrário, para seu efeito rejuvenescedor, o ácido não deve provocar nenhuma descamação," afirma o médico.
Os ácidos têm diversas funções, dentre elas, esfoliar a pele, reduzir a oleosidade, diminuir os poros dilatados, clarear e rejuvenescer rugas e linhas de expressão. Eles podem ser classificados em três grandes grupos: os alfahidroxiácidos, provenientes de frutas, por exemplo, os betahidroxiácidos, e seu maior representante, o ácido salicílico e os retinóides, derivados da vitamina A, que tem função rejuvenescedora, como é o ácido retinóico.
Outro mito é que o uso de ácidos deve ficar restrito ao inverno. Na verdade, o que é correto é justamente o contrário, eles são mais difíceis de serem aplicados no inverno, quando a pele se torna mais seca e ocorre mais irritação. "Uma das maneiras de usarmos os ácidos no inverno é baixando ainda mais a concentração." afirma Dr. Volpe. Dependendo do ácido usado e a concentração, eles podem e devem ser usados no verão, sempre com a supervisão do dermatologista.
O ácido retinóico é mais estudado para rejuvenescimento, pois tem eficácia comprovada e consegue aumentar a produção do colágeno. “Porém, cabem aqui algumas observações, muitos produtos prontos com ácido retinóico são produtos para tratar as espinhas e não têm a finalidade de rejuvenescer”, alerta Dr. Jardis. No caso, a grande dificuldade é o veículo, que acaba ressecando a pele. Uma dica é associar o ácido com algum tipo de hidratante antes da sua aplicação, à base de soja, genisteína, ou usar um ácido com veiculo próprio para rejuvenescimento prescrito pelo dermatologista.
Outra dica é esperar de 30 a 40 minutos depois de ter lavado a pele para aplicar o produto. "Desta forma, o manto hidrolipídico se refaz e é menor o risco de irritação”, afirma o médico. Muita gente também pensa que acido retinóico causa alergia. “Em geral, ele é irritante, ou seja, se a pele estiver seca ou a quantidade aplicada for muito grande, o ácido pode avermelhar a pele e causar descamação. Nesse caso, a orientação do dermatologista é fundamental para ajudar na adaptação ao tipo de pele de cada um.”
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